Tomámos o pequeno almoço com o Gerhard, tal como tínhamos combinado na véspera, voltámos a trocar endereços, números de telefones e de telemóveis, e marcámos encontro para a Catedral.
À saída do albergue, o José Manuel ofertou-nos dois mapas dos Caminhos de Santiago, e só nos não deu um jogo do Caminho de Santiago porque não tinha perguntas que associassem Portugal ou os portugueses a Santiago…
À hora de entrar na carrinha fizemos a última oração e a última leitura, que foi escolhida e lida pelo João Maciel:
Carta aos Hebreus, 12, 14-29:
“Procurai a paz com todos e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor.
Mais palavras para quê? Mais que da realidade palpável, Santiago é foco de irradiação da outra realidade, da que existe e não se vê, mas que é muito mais real e perene do que a primeira. É foco de irradiação de Paz e da Santidade que devemos procurar, alimentar e difundir, e sem as quais ninguém verá O Senhor!
Fizemos a nossa última oração da manhã e entoámos os últimos cânticos ao som da flauta mágica da Mariana.
O dia foi reservado à Missa do peregrino – 12 horas – a compras e ao almoço, que decorreu no McDonald’s por escolha dos mais jovens. Sim, daqueles que são menos velhos…
Não voltámos a encontrar o Gerhard.
Voltámos a a encontrar o Luís...
Ainda voltámos a encontrar amigos,
fizemos compras e a Sofia fez negócio com o eterno candidato a médico, veterano das lides académicas do Obradoiro...
A Sofia a negociar...
Despedimo-nos das procissões e da cidade.
Despedimo-nos da cidade e de suas procissões
Dissemos um último adeus a Santiago.
O regresso foi já de saudade, e o cansaço daqueles dias misturou-se com a nostalgia do Caminho...
À chegada, junto à igreja de Aldoar, uma última leitura da Carta aos Efésios, 4, 25-32 – Vida exemplar:
“Nenhuma palavra desagradável saia da vossa boca, mas apenas a que for boa, que edifique, sempre que necessário, para que seja uma graça para aqueles que a escutam. E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o qual fostes marcados para o dia da Redenção.
Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo.”
Sequência admirável!...
Agradecemos a Graça daqueles dias na Missa celebrada às 19 horas.Entretanto, o Caminho continua…
Bom Caminho, Amigos!
ULTREIA!!!
SUSEIA!!!
Porto, 30 de Março de 2008
3 comentários:
a chegada a Aldoar foi o culminar perfeito de um Caminho custoso, sentido, emocionado, intensamente vivido e intensamente partilhado com todos vós. a chegada a Aldoar foi exactamente como eu queria, como eu precisava naquele momento:
- o abraço forte dos meus pais e avós;
- o abraço forte daquele amigo especial que chegava, quase que 'por acaso';
- no fim da Eucaristia, a partilha de momentos entre quem já percorreu o Caminho..
- e, bem no fundinho do coração, a saudade de lá e a vontade de, por cá, fazer tudo o que me faça, a mim e aos outros, feliz!
uns quantos sonhos que voam (num avião da TAP, porque o que é português, é bom! :p lool ) e um beijo especial para vocês *
ninguém escreve nada?! ninguém comenta nada?! :/
ohh... fiquei triste agora!
a chegada..foi um momento bonito para mim!nao tinha propriamente ng a espera e por outro lado sentia que toda a minha vida me esperava ca no porto!
a sensaçao de conseguirmos atingir algo que pensavamos ser muito dificil é um ponto de partida para muitas coisas na nossa vida!
e apesar de alguns dizerem "nao passamos a "pelaca"" (sim!"pelaca" porque estavamos em espanha mas sempre sem perder as nossas origens!) apesar de aguns nao a quererem passar depois de a passarem sentiram por fim que poderiam iniciar algo muito maior: o seu proprio CAMINHO.
beijo grande para os nossos grandes peregrinos
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