quarta-feira, 21 de maio de 2008

7º. dia

E, ao Sétimo dia, descansámos em Santiago.

Tomámos o pequeno almoço com o Gerhard, tal como tínhamos combinado na véspera, voltámos a trocar endereços, números de telefones e de telemóveis, e marcámos encontro para a Catedral.

À saída do albergue, o José Manuel ofertou-nos dois mapas dos Caminhos de Santiago, e só nos não deu um jogo do Caminho de Santiago porque não tinha perguntas que associassem Portugal ou os portugueses a Santiago…


O João Maciel fez a leitura

À hora de entrar na carrinha fizemos a última oração e a última leitura, que foi escolhida e lida pelo João Maciel:

Carta aos Hebreus, 12, 14-29:

“Procurai a paz com todos e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor. Na verdade, não vos aproximastes de nenhuma realidade palpável, de fogo ardente, das trevas, da obscuridade ou da tempestade, nem do som da trombeta ou do ruído das palavras…”.

Mais palavras para quê? Mais que da realidade palpável, Santiago é foco de irradiação da outra realidade, da que existe e não se vê, mas que é muito mais real e perene do que a primeira. É foco de irradiação de Paz e da Santidade que devemos procurar, alimentar e difundir, e sem as quais ninguém verá O Senhor!

Fizemos a nossa última oração da manhã e entoámos os últimos cânticos ao som da flauta mágica da Mariana.

O dia foi reservado à Missa do peregrino – 12 horas – a compras e ao almoço, que decorreu no McDonald’s por escolha dos mais jovens. Sim, daqueles que são menos velhos…

Não voltámos a encontrar o Gerhard.

Voltámos a a encontrar o Luís...

Ainda voltámos a encontrar amigos,

fizemos compras e a Sofia fez negócio com o eterno candidato a médico, veterano das lides académicas do Obradoiro...

A Sofia a negociar...

Despedimo-nos das procissões e da cidade.

Despedimo-nos da cidade e de suas procissões

Dissemos um último adeus a Santiago.

O regresso foi já de saudade, e o cansaço daqueles dias misturou-se com a nostalgia do Caminho...

À chegada, junto à igreja de Aldoar, uma última leitura da Carta aos Efésios, 4, 25-32 – Vida exemplar:

“Nenhuma palavra desagradável saia da vossa boca, mas apenas a que for boa, que edifique, sempre que necessário, para que seja uma graça para aqueles que a escutam. E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o qual fostes marcados para o dia da Redenção.

Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo.”

Sequência admirável!...

Agradecemos a Graça daqueles dias na Missa celebrada às 19 horas.
O regresso a Aldoar

Entretanto, o Caminho continua…

Bom Caminho, Amigos!

ULTREIA!!!

SUSEIA!!!

Porto, 30 de Março de 2008

3 comentários:

Marta disse...

a chegada a Aldoar foi o culminar perfeito de um Caminho custoso, sentido, emocionado, intensamente vivido e intensamente partilhado com todos vós. a chegada a Aldoar foi exactamente como eu queria, como eu precisava naquele momento:
- o abraço forte dos meus pais e avós;
- o abraço forte daquele amigo especial que chegava, quase que 'por acaso';
- no fim da Eucaristia, a partilha de momentos entre quem já percorreu o Caminho..
- e, bem no fundinho do coração, a saudade de lá e a vontade de, por cá, fazer tudo o que me faça, a mim e aos outros, feliz!

uns quantos sonhos que voam (num avião da TAP, porque o que é português, é bom! :p lool ) e um beijo especial para vocês *

Marta disse...

ninguém escreve nada?! ninguém comenta nada?! :/
ohh... fiquei triste agora!

Anónimo disse...

a chegada..foi um momento bonito para mim!nao tinha propriamente ng a espera e por outro lado sentia que toda a minha vida me esperava ca no porto!

a sensaçao de conseguirmos atingir algo que pensavamos ser muito dificil é um ponto de partida para muitas coisas na nossa vida!

e apesar de alguns dizerem "nao passamos a "pelaca"" (sim!"pelaca" porque estavamos em espanha mas sempre sem perder as nossas origens!) apesar de aguns nao a quererem passar depois de a passarem sentiram por fim que poderiam iniciar algo muito maior: o seu proprio CAMINHO.

beijo grande para os nossos grandes peregrinos