quinta-feira, 31 de julho de 2008

seguir Caminho




Rita e Marta




Fábio e Mariana




Sofia
Nós vamos agora continuar o nosso Caminho para a terra onde os sorrisos são verdadeiros e os olhares transparecem felicidade - estou ansiosa, mas ao mesmo tempo sem aquela sensação habitual de que "é já amanhã!" (para mim...)! Vamos fazer papinha boa para os meninos voltarem ao Porto "mais gordos, nutridos, felizes!" Vamos ser "pai" e "mães" e vamos desfrutar da companhia e dos sorrisos das crianças. Vamos deixar uma lágrima escapar, às escondidas, quando apertar a dor da partida - no regresso!
Beijos meus,
Marta

quinta-feira, 24 de julho de 2008


Foi uma paragem... vá... terrível!!

Muita sorte tem a Sofia de ainda ter aqueles caracois todos no sitio.

A minha frase, já tão gasta, para os momentos maus aplica-se, definitivamente: dói, mas faz crescer... pele nova, depois de rasgada pelas agulhas e betadine e tudo o resto.

Bom, depois de comermos uns paezinhos mesmo bons e de eu beber um pacotinho de leite achocolatado (que levei na mão durante o resto dia à espera de encontrar um balde do lixo - entenda-se que estávamos a caminhar pelo meio do monte), depois de parecer que ia ser até uma paragem relaxante e pacífica, a Sofia tratou de excruciar terrivelmente o JoãoC 'tratando-lhe' as bolhas.


(o JoãoC, de camisola branca, à espera da tortura)


Para animar um pouco, a Mi escolheu um qualquer poema e eu, depois de encontrar uma música sem Sis nem Fás, tentei tocar... o Peregrino. Para equilibrar o tom roqueiro que lhe foi infligido pela Sofia, toquei bastante devagar... voltando a ser uma música calma. Mas apenas por isso, nada a ver com a falta de jeito e prática :D

E bom, era só para vos dizer olá: OLÁ!


Sra, Dª bice (aka Rita)

terça-feira, 22 de julho de 2008

De Braga a Jerusalém - AMARO FRANCO

2007 - Amaro Franco, connosco, no Caminho Português

Amaro Franco em Jerusalém


Peregrino de Jerusalém cumpre desejo de chegar à Terra Santa nove meses depois do início e no dia 4 de Julho. Foram oito mil quilómetros a pé Amaro Franco já chegou a Jerusalém. O peregrino dirige-se, segundo informações enviadas à Agência ECCLESIA, "neste momento para a cidade antiga, percorrendo a Jaffa Street".
Amaro Franco, 38 anos, português, natural da freguesia de Subportela (Viana do Castelo/ Portugal), cumpre assim nove meses da peregrinação que o levou de Braga à Terra Santa.
Totalmente a pé, percorreu mais de oito mil quilómetros, atravessando doze países, visitou inúmeros santuários, dos quais os mais importantes do Cristianismo (Santiago de Compostela, Roma e agora, Jerusalém), numa peregrinação inédita.
“A iniciativa intitulada «Peregrinos a Jerusalém»" mobilizou e cativou gente de todas as idades e de todo o mundo, como o demonstra a grande e surpreendente vitalidade do "Diário de Viagem" que Amaro Franco escreve diariamente na Internet (em www.amarofranco.wordpress.com)”, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Em declarações recentes à Agência ECCLESIA, Amaro Franco confessa que não é um homem com grande fé, pois teve de deixar tudo para ir em busca da fé, é um homem feliz, mas sobretudo "exausto" pelo grande e continuo esforço diário que representa caminhar, estar atento e aberto ao outro e ainda escrever as suas crónicas.
Em entrevista telefónica, Amaro Franco confessou o “cansaço”. “Estou bastante exausto: fisicamente, mentalmente, psicologicamente e emocionalmente” que deriva desta longa caminhada, que já passou por Santiago de Compostela (túmulo de S. Tiago Apostolo), Oviedo (Camara Santa), Lourdes, Montpellier (relíquias de S. Roque), Saint-Gilles (túmulo de S. Gilles), Aix-en-Provence (túmulo de Nostradamus), S. Maximin (túmulo de Santa Maria Magdalena), Roma (S. Pedro e S. Paulo), Assis (túmulo de S. Francisco), Padova (túmulo de Santo António)... e ultimamente na Terra Santa (correspondente ao Reino de David), Ma'aloula (túmulo de Santa Tecla), Saydnaya (a Chahoura), Damasco (túmulo de S. João Baptista e lugares paulinos) e Israel. “Passei nos locais emblemáticos do cristianismo” – frisou Amaro. E acentua: “passo a ter referências visuais quando leio a Bíblia”.

Fotografia polémica

Recorde-se que Amaro Franco esteve ilegalmente preso, durante 28 horas, pelas forças militares sírias, experiência que o peregrino atribuiu a um mal-entendido por causa de uma “fotografia” a uma colina que, afinal, era também uma “base militar”. Algo que esteve para se repetir na Jordânia por causa da “mochila” do peregrino. “Pensaram que poderia ser um possível bombista” – realçou.
Na Síria não sentiu a vida em risco porque “levei aquilo na brincadeira” – afirmou. E relata: “disse às autoridades que se o problema é a fotografia apaga-se a fotografia”. No entanto, “eles não entenderam ou quiseram entender”.
Apesar destes acontecimentos, Amaro Franco guarda também pontos positivos da caminhada. “O sorriso das pessoas e os contactos estabelecidos”. Durante o percurso “não me limito a olhar apenas para a frente, gosto de observar tudo o que me rodeia”.
Com quase nove meses de caminho, Amaro Franco confessou que chegou a desanimar e “pensei em desistir”. No início de muitas tardes - “quando o cansaço apertava” -, o peregrino sentia-se só. “Cheguei a perder-me e, muitas vezes, não percebia as pessoas” – reconhece.


Dados biográficos de Amaro Franco


O «peregrino de Jerusalém» nasceu a 10 de Janeiro de 1971, em França, e tem nacionalidade portuguesa, residindo em Braga. Amaro Franco realizou a sua primeira peregrinação a Santiago de Compostela na Semana Santa de 1992, efectuando-a em bicicleta. Volta ao mesmo santuário, também em bicicleta, na Semana Santa de 1993 (Ano Jubilar Compostelano/ Ano Santo). Nesse ano percorre ainda o Caminho do Norte de Santiago até Oviedo e Covadonga, o Caminho Astur-Leonês de Oviedo até Léon e, o Caminho Francês de Léon até Santiago de Compostela.
Volta a Santiago de Compostela em 1999 (Ano Jubilar Compostelano/ Ano Santo), saindo, a pé, de Viana do Castelo. Realiza esta peregrinação com um micro fractura no pé direito, a qual o impossibilitava de andar normalmente desde de há meses. Chega ao túmulo do Apóstolo após oito dias de marcha.
Desde do ano de 2004 (Ano Jubilar Compostelano/ Ano Santo), peregrina diversas vezes, a pé, ao santuário compostelano, saindo de Braga, Viana do Castelo e Valença do Minho.
Realizou, a pé, a peregrinação a Roma no ano de 2001: Foram cerca de 3000 quilómetros percorridos em 126 dias. Amaro Franco é, desde 1999, membro da “Archicofradia Universal del Apóstol Santiago”.


Transcrito, com a devida vénia, da "Agência Ecclesia".

Parabéns e o nosso abraço a Amaro Franco.

Carlos






terça-feira, 15 de julho de 2008

Qual a mais trenga?


Não é fácil dizer qual é a cara mais trenga... mas somos duas trengas felizes que: "Caminhando pela vida v(amos) cantando...!" e encantando biciclistas esfomeados e encantando-nos com o que o caminho tem para nos dar.
Não estou especialmente inspirada, nem tenho nada de significativo a dizer, apenas quero postar para que isto continue a andar e para, quanto mais não seja, fazer surgir um ou outro sorriso ao ver duas caras tão trengas que remetem para uma noite, uma semana deliciosa.
E só para não ser um post demasiado pequeno, vou voltar à Mafalda Veiga:
"Se te sentires perdido numa noite assim, em que as estrelas se misturam pelo chão, em que o vento e a poeira, as lembranças e os cansaços te fazem procurar o teu lugar [...]
Se te sentires perdido numa noite assim sem saber o caminho certo e momento de parar e ouvir a voz do teu coração, pode ser que encontres no olhar perdido de alguém o teu mundo perdido... Um desejo escondido e o que ficou nos teus sentidos de alguma canção...!"
Desta vez não me esqueço,
Rita

sábado, 5 de julho de 2008

Todos os dias A Caminho


"Nem tudo é negro e o importante é viver cada momento e ser feliz naqueles que o permitem. Há que guardar esses pequenos momentos como tesouros secretos nossos que amamamos e sentimos imensamente só de lembrar.

Amar momentos, amar a vida e tudo o que a constrói.

Não criar expectativas, o que for será muito bom, porque foi de facto e não voou no mundo das miragens. Porque foi nosso e de mais ninguém, porque estará sempre dentro de nós!"


Tal como canta a Mafalda Veiga, 'há lugares que são pequenos abrigos para onde podemos sempre fugir.'

E ao longo de cada dia, de cada projecto, sonho ou ambição, de cada conquista ou desilusão, temos temos sempre o nosso próprio exemplo da pessoa que fomos durante uma semana.

Se durante uma semana conseguimos atingir uma simplicidade que nos permite sorrir de felicidade por ver uma flor bonita, então certamente não será impossível sermos o melhor de nós todos os dias, basta querer.


O Caminho é um pequeno abrigo mas não para fugir da realidade, bem pelo contrário, serve para, com metáforas e exemplos menores, nos ajudar a enfrentá-la da melhor maneira!


E quando é que vamos todos jantar fora? :)

Tenho saudades de cantar a nossa versão do peregrino ou do suspiro do veado. Da sabedoria do Carlos, da música do JoãoC e da Mariana, do pragmatismo da Sofia, do humor do JoãoA, da força do Fábio e da doçura da Marta...!

Mais ainda, tenho saudades de enfiar o mundo na mochila e partir, passo a passo acompanhada por vocês! Mas sei que, afinal, todos os dias estamos A Caminho. Caminhamos à procura de algo melhor para nós e para quem nos rodeia.
PEGADAS NA AREIA

"Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que andava a passear na praia com o Senhor e, no firmamento, passavam cenas da minha vida.
Após cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas na areia: um era o meu e o outro era do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso
aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:


- Senhor, Tu disseste-me que, uma vez que resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre comigo, em todos os caminhos. Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque é que , nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.

O Senhor respondeu-me:

- Meu querido filho, jamais te deixaria nas horas de prova e sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que peguei em ti ao colo."



para que nunca nos esqueçamos que Ele andou connosco ao colo durante aqueles dias.. e que continua a fazê-lo sempre que mais necessitamos.
Podemos mesmo não O lembrar tantas vezes quantas deviamos, mas Ele não se esquece de nós. NUNCA!

e eu tenho saudades destes dias.

No fim-de-semana passado senti-me bem pertinho Dele. Conheci-O um pouco melhor e percebi que não há outro lugar no mundo onde me apeteça estar senão a falar Dele, a senti-Lo, a vivê-Lo!


Achei que podia partilhar convosco a minha felicidade, o sorriso que o fim-de-semana passado deixou nos meus lábios e a paz com que vim de volta ao Porto, desejando que não acabasse e que eu pudesse ficar naquela capelinha linda, lá em Avessadas (aquela onde estivemos há dois anos, com os bancos à volta e o Santíssimo bem no centro, lembram-se?!)

Gosto de vocês!

Marta