sexta-feira, 10 de setembro de 2010

5ª. Etapa: Valença -

Deixámos Valença numa manhã húmida mas animados da certeza de que daí em diante apenas teríamos de gerir O Caminho.



Depressa atingimos a cidade de Tui. Nem imaginávamos o que nos esperava dentro de momentos...





Deixámos esta linda ponte à nossa direita e embrenhámo-nos num bosque, seguindo as setas...


Íamos bem, pela Via Romana XIX, a mesma que calcorreámos a caminho de Barcelos, em Ponte de Lima, e na Labruja. Só que, de vereda em vereda fomos dar a um bosque cheio de silvados e sem saída!
Sem paciência para voltar atrás para não termos de repetir os charcos e os caminhos enlameados por onde tínhamos passado com certa ginástica, decidimos procurar uma saída que nos levasse novamente ao caminho certo.



Demos com a via férrea, e foi por ela que encontrámos uma saída que nos levou a um pequeno povoado dos arredores de Tui. Chovia a bom chover quando vislumbrámos espreitando por cima de um portão uma dona de casa que passava a ferro na sua cozinha térrea. Fizemos-lhe sinal e, no meio da chuva e tudo, deu-nos a preciosa indicação de que precisávamos.
Voltámos a encontrar a rotunda e daí em diante "borrifámo-nos" para as setas que nos tinham conduzido ao engano, passámos a Senhora da Boa-Viagem e lá seguimos pelo caminho correcto.


Por estradas e bosques lá seguimos, fustigados de vez em quando pela chuva que insistia em não nos deixar. A paisagem, ainda pouco viçosa no alvor da Primavera, abundava em água corrente que enchia os rios e ribeiros e deles transbordava de vez em quando.



Conforme a origem das águas, assim era a sua côr. Como decorreria o nosso Caminho até final? Eis a incógnita que o ribeirito parecia apresentar.

Mais pontes e mais água...


A companhia diversificava dando um tom insólito ao nosso Caminho.


Recolhidos naquele repouso no meio do bosque, cavalos, cavaleiros e nós peregrinos, aproveitámos para descansar e para fazer uma frugal refeição.


Aquela quase que interminável recta do Porriño derivou para um meandro, às vezes muito lamacento, que nos obrigava a ladear cada vez mais o percurso anteriormente trilhado por outros peregrinos. Seguiamos por entre carvalhos e castanheiros.


Às vezes as dificuldades tornavam-se bem palpáveis e visíveis...



Assim chegámos ao Porriño. As igrejas preparavam-se para as cerimónias da Semana Santa.



E alguns paregrinos puderam tratar devidamente as suas mazelas devidamente assistidos no Centro de Sanidad.

Fomos às compras para a refeição da noite e para a manhã do dia seguinte. Dormiu-se bem naquela noite, no albergue da localidade. Quando acordámos uma pequena surpresa estava guardada para um dos presentes, tão estimada e agradecida que ainda hoje aqui está:


(Continua...)
C. (um peregrino)

1 comentário:

Kim disse...

Que boa chuvinha apanhamos neste dia! Deu para refrescar xD
A Sofia "adquiriu" um antibiotico para a Sr Bolha no centro não foi Sofia?
O almoço foi genial! E aquela lareira dentro do bar convidava a ficar mais um bocado!