Passadas as longas e húmidas etapas anteriores, mais embrenhados Galiza dentro, continuámos o nosso Caminho rumo a Santiago.
Aqui, nesta fartura de marcos, demos largas à imaginação e cada qual escolheu o que mais lhe agradava para a fotografia.
Manhã fresca, com alguma neblina resultante da muita chuva (aqui também se diz "tchuba" como em Trás-os-Montes...) que caira nos dias anteriores.
Naquele tempo era "isto" o mais próximo do GPS!
A Ria já se vislumbrava ao fundo e exteriorizava-se a alegria aproveitando coisas mesmo até insignificantes. Aqui era o sapato gasto e desprezado que a Rosário encontrara no caminho e transformara no seu talismã, que a acompanharia até Santiago, orgulhosamente hasteado no alto do bordão...
Naquele tempo era "isto" o mais próximo do GPS!
A Ria já se vislumbrava ao fundo e exteriorizava-se a alegria aproveitando coisas mesmo até insignificantes. Aqui era o sapato gasto e desprezado que a Rosário encontrara no caminho e transformara no seu talismã, que a acompanharia até Santiago, orgulhosamente hasteado no alto do bordão...
Em Redondela subimos à igreja de Nossa Senhora do Caminho, a primeira construída no Caminho Português de Santiago.
O Sr. Abade fez questão de carimbar e rubricar cada uma das nossas credenciais.
A igreja é de um gótica simples mas belo e a talha faz recordar a de João de Ruão que enfeita a Sé Velha de Coimbra.
Após termos saído da igreja recebemos a bênção do Cura de Pontecesures que calhou passar por ali. Recebemos mas não todos porque as duas meninas que tinham mais pressa de chegar puseram-se ao fresco antes de nós, não sabiam o caminho, perderam-se e andaram mais uns dois bons quilómetros até que voltámos a juntar-nos. Nesta localidade mais uma vez pudemos comprovar a internacionalização do FCP, uma naçón...
A igreja é de um gótica simples mas belo e a talha faz recordar a de João de Ruão que enfeita a Sé Velha de Coimbra.
Após termos saído da igreja recebemos a bênção do Cura de Pontecesures que calhou passar por ali. Recebemos mas não todos porque as duas meninas que tinham mais pressa de chegar puseram-se ao fresco antes de nós, não sabiam o caminho, perderam-se e andaram mais uns dois bons quilómetros até que voltámos a juntar-nos. Nesta localidade mais uma vez pudemos comprovar a internacionalização do FCP, uma naçón...
Foi nesta ponte que voltámos a juntar-nos os sete.
A fome já nos roía as entranhas! Procurámos e demos com uma casa, meio-restaurante meio-café, onde se arrumavam já as tralhas para celebrar Semana Santa. De comer, nada!... Sensibilizada a dona, para amealhar mais uns dons para o Céu, vendo que éramos uns pobres peregrinos esfomeados sem pão nem peixe, dispôs-se a sacrificar uns ovos, duas patatas e uma lasca de cebola e apresentou-nos este pitéu que, dividido por sete, fez o efeito dos cinco pães e dois peixes do Evangelho... Reconfortados, seguimos até ao destino do dia que era Pontevedra. Mas ainda nos esperavam mais duas surpresas: a primeira foi à chegada ao albergue - estava cheio!... Mandaram-nos aguardar a chegada de batedores para nos dirigirmos ao ginásio de um colégio, um quilómetro mais adiante. Ficávamos, assim, privados de uma refeição quente a preço acessível num dos restaurantes da zona do albergue, e de cozinha como alternativa. Só nos restou acatar, adaptarmo-nos à contrariedade, e aboletarmo-nos no tal colégio que fica mesmo no centro da cidade.
Enquanto esperava pelo pessoal deambulei por ali, subi por um percurso medieval, rota de caminheiros, mirei as ruas, as casas e os quintais, e tirei fotos para a posteridade à paisagem e ao
artesanato que encontrei.
artesanato que encontrei.
A fome já nos roía as entranhas! Procurámos e demos com uma casa, meio-restaurante meio-café, onde se arrumavam já as tralhas para celebrar Semana Santa. De comer, nada!... Sensibilizada a dona, para amealhar mais uns dons para o Céu, vendo que éramos uns pobres peregrinos esfomeados sem pão nem peixe, dispôs-se a sacrificar uns ovos, duas patatas e uma lasca de cebola e apresentou-nos este pitéu que, dividido por sete, fez o efeito dos cinco pães e dois peixes do Evangelho... Reconfortados, seguimos até ao destino do dia que era Pontevedra. Mas ainda nos esperavam mais duas surpresas: a primeira foi à chegada ao albergue - estava cheio!... Mandaram-nos aguardar a chegada de batedores para nos dirigirmos ao ginásio de um colégio, um quilómetro mais adiante. Ficávamos, assim, privados de uma refeição quente a preço acessível num dos restaurantes da zona do albergue, e de cozinha como alternativa. Só nos restou acatar, adaptarmo-nos à contrariedade, e aboletarmo-nos no tal colégio que fica mesmo no centro da cidade.
Banho tomado, vestidos a preceito, decidimos procurar onde petiscar qualquer coisa merecedora de dia de festa. Por um lado, de jejum já bastara o que fizeramos durante o dia, por outro tínhamos de festejar os anos de um companheiro. Seguimos o cheiro e desembocámos numa zona superpovoada de noctívagos: eram vários os restaurantes que serviam tapas e manjares de todo o género mas nenhum ao nível do que precisávamos. Acabámos por nos contentarmos com uma trivial pizza acompanhada de sumo e cerveja a copo!... O champanhe teve de esperar!
Regressados ao ginásio, fizeram-se as últimas massagens e consertos nos pés antes de nos estirarmos nos colchões espalhados no pavimento, e dormimos sem pensar sequer que estávamos assim tão perto do chão...
Regressados ao ginásio, fizeram-se as últimas massagens e consertos nos pés antes de nos estirarmos nos colchões espalhados no pavimento, e dormimos sem pensar sequer que estávamos assim tão perto do chão...
1 comentário:
E o banhinho de água fria que as meninas tomaram? Ah pois é! Até acordamos!xD
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