



Perguntava a Jú num misto de curiosidade e de estranheza: já é Santiago?!...
Sim, já é Santiago.
Compreendeu então que tinha mesmo chegado ao fim. Baixou a cabeça sobre o bordão e ficou assim, parecia que vergada sob o peso da mole da imensa catedral que se erguia à nossa frente. A emoção era maior que aquela catedral…

Em torno daquela concha que não é mas até parece o ponto final do nosso caminho, fizemos a última oração da jornada unidos no destino dos nossos sete bordões que nos serviram de amparo.


Revisitámos a catedral.

Finda a Missa, que não foi a do Peregrino porque a fila não nos permitiu entrar na igreja antes do princípio mas foi a seguinte, fomos buscar a “nossa” Compostela à Oficina do Peregrino.

Com muito esforço, o Fábio lá conseguiu escrever o nome...

Conquistada a cidade com tanto sacrifício, empenho e persistência, dá pena deixá-la sem mais nem menos. A nossa saudade impele-nos a continuar quase que indefinidamente…

Não é só a procissão que nos segura ali, é também o nosso desejo de não arredar!

Foi assim Santiago em 2010.

Tivémos de vir embora.
Santiago ficava para trás, com a sua Porta Santa e o ritual que envolve o Ano Santo Jacobeu.
Outro ano será outra história. Outra história que queremos bem passada e bem contada. Mas sempre, sempre trilhando O Caminho, aquele que cada um tem de descobrir por si e para si, ainda que com ajuda quando for necessária.
ULTREIA!
SUSEIA!
C.