Em Caldas de Reys, continuámos a "nossa" Via-Sacra. E foi aqui, precisamente aqui, que meditámos na segunda queda de Jesus (e não só...). Para amaciar as feridas deu jeito aquela água quentinha que as bicas debitavam sem IVA...
Ainda em Caldas de Reys.
No meio da natureza, ouvindo o marulhar das águas saltitando nas pedras do leito do ribeiro e o trinar das aves, romantismo interrompido pelo ruído da passagem de alguns grupos de peregrinos cuja leveza das mochilas contrastava com o peso das nossas.
Em Carracedo apreciando as cruzes que aquele familiar do Isidro nos oferecia por pouco dinheiro.
A Igreja Matriz de Carracedo.
Em tempo de férias nunca se encontram as crianças. Chegados aqui, imaginamo-nos a tirar a nossa foto com a pequenada para a posteridade e para o seu blogue.
Em Carracedo apreciando as cruzes que aquele familiar do Isidro nos oferecia por pouco dinheiro.
A Igreja Matriz de Carracedo.
Em tempo de férias nunca se encontram as crianças. Chegados aqui, imaginamo-nos a tirar a nossa foto com a pequenada para a posteridade e para o seu blogue.
Pena foi estar fechada!
Mais à frente a surpresa! Na aldeia tínhamos perguntado pelo Isidro e não nos souberam dar conta dele, e eis que, numa curva do caminho mesmo à saída, num local já sem casas, aparece aquele personagem desconhecido.
Repetiam-se os encontros. As bicicletas deram o lugar aos cavalos, garbosos e imponentes.
Mas a alegria gaiata do nosso grupo não nos abandonava mesmo depois de termos esbarrado na porta do albergue de Padrón. Estava cheio, por isso limitámo-nos a fazer ali uma curta paragem porque o seguinte era a mais dez quilómetros adiante...
Seguimos a caminho de Téo. O dia ia declinando mas as forças não esmoreciam. Com mais um pouco íamos directos a Santiago.
Mais à frente a surpresa! Na aldeia tínhamos perguntado pelo Isidro e não nos souberam dar conta dele, e eis que, numa curva do caminho mesmo à saída, num local já sem casas, aparece aquele personagem desconhecido.
Também ele vinha no seu caminho, no caminho fechado, pequenino, situado entre as leiras de Carracedo, da lide de cuidar da terra.
"Portugal?!... Ah!... Sois de Portugal? Eu xá fui a Portugal, a Valença. Sair? Na tropa fui para... mas a minha vida é aqui. Não, não saio de cá.
E lá viemos a descobrir no meio desta cavaqueira que o nosso interlocutor era nada mais nada menos que o Isidro que procurávamos!...
Continuou a conversa e desfilaram os versos naquela boca desdentada que parecia um compêndio que já tinha saído do programa...
Despedimo-nos com uma "boa tarde" ao que nos respondeu:
- Bom dia porque ainda não almocei!
O dia ia bem adiantado, seriam talvez umas 15,00 horas, mas, para o Isidro, o relógio regula-se pela hora do estômago e esse ainda estava bem abaixo do meio-dia!
Repetiam-se os encontros. As bicicletas deram o lugar aos cavalos, garbosos e imponentes.
Voluntários tratavam pés e bolhas...
Mas a alegria gaiata do nosso grupo não nos abandonava mesmo depois de termos esbarrado na porta do albergue de Padrón. Estava cheio, por isso limitámo-nos a fazer ali uma curta paragem porque o seguinte era a mais dez quilómetros adiante...
Seguimos a caminho de Téo. O dia ia declinando mas as forças não esmoreciam. Com mais um pouco íamos directos a Santiago.
Atingimos Téo. Estava quase cheio com um grupo de peregrinos que trazia carro de apoio e que, por acaso, eram de Lisboa. As vagas não chegavam para todos mas decidimos esperar pelo Hospitaleiro para que nos encontrasse uma solução já que a localidade não tem mais nada que servisse de alternativa.
Pouco depois chegou mais um grupo, ruidoso, de galegos, com guia. Mesmo sabendo que não havia vaga decidiram ficar na esperança de que o Hospitaleiro pusesse fora os que haviam chegado antes.
Não assistimos à cena porque tínhamos ido às compras na viatura de apoio dos compatriotas de Lisboa que se prontificaram a ajudar-nos, mas soubemos depois que o guia se exaltou com o Hospitaleiro e este os mandou a todos embora. Assim ficámos no albergue com os nossos recentes amigos, que até nos queriam ceder as camas sabendo que tínhamos prioridade mas não aceitámos. Passámos a noite nos nossos colchões e sacos-cama.
Antes de nos deitarmos, tivémos um momento de reflexão em conjunto. Rezámos e cantámos em surdina para não acordar os que já dormiam.
Antes de nos deitarmos, tivémos um momento de reflexão em conjunto. Rezámos e cantámos em surdina para não acordar os que já dormiam.
3 comentários:
Não foi uma etapa fácil para mim.
Talvez um pouco também pelas memórias que dela tinha, da primeira vez que fizemos o caminho.
E por ter uma ideia ainda bem clara de como eram os últimos km que nos levavam a Padrón, parecia que nunca mais chegávamos. E quando chegamos... a meta fugiu para mais longe.
Mas fizemos, chegamos lá. E se fosse pela Jú e pelo Carlos íamos até Santiago mesmo nesse dia :P
E é que íamos mesmo...
Esta etapa foi aquela em que a Ju quase me espancava porque eu estava particularmente chata! Cheguei quase de rastos mas pronto!xD
Realmente depois de ter feito aqueles km todos já se ia para Santiago seguido xD
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